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Os Elefantes Elegantes mergulham na poesia acida de Charles Bukowski

by os elefantes elegantes

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1.
O homem no piano Toca uma canção Que ele não compôs Canta palavras Que não são suas Em um piano Que não lhe pertence Enquanto as pessoas nas mesas Comem, bebem e falam. O homem no piano Finaliza Sem nenhum aplauso.
2.
Todas que eu conheci são viciadas Em pílulas, alcoólatras, putas, ex-putas Mulheres, loucas. Eu preciso de uma boa mulher De uma boa mulher Boa. Eu sei que ela existe Mas nesse mundo onde ela esta Enquanto as putas continuam me encontrando Quando uma parte outra chega Pior que a anterior.
3.
estilo 02:29
Estilo é a resposta pra tudo Um novo jeito de encarar Algo estupido ou perigoso Estilo é o que faz a diferença Um jeito de realizar Ou de estar realizado. (Joana D’arc tinha estilo, João Batista, Cristo) (Sócrates tinha estilo, Cezar, Garcia Lorca) (Bukowsky tinha estilo, Koprosky, Lopes) 6 garças paradas numa lagoa Ou você saindo nua do banheiro Sem me ver.
4.
rugindo 03:12
Você já pode morrer agora Você já pode morrer do jeito Que as pessoas deveriam morrer Esplendidas, Vitoriosas Ouvindo musica, Sendo a musica Rugindo, Rugindo, Rugindo.
5.
Se você for tentar Vá ate o fim Caso contrario, nem comece Vá ate o fim Isso pode significar descaso Gozação, solidão Se você for tentar Vá ate o fim Você ficará a sós com os deuses E as noites se farão em chamas Com o fogo. Faça, faça, faça.
6.
criar arte 01:30
Não sendo capazes de criar arte Eles não irão reconhecer arte. Eles irão considerar Seu fracasso como criadores Apenas como um fracasso do mundo. Não sendo capazes de amar plenamente Eles irão considerar teu amor incompleto E então eles irão odiar você E seu ódio será perfeito Como um diamante brilhando Como uma faca Como uma montanha Como um tigre Como cicuta. Sua mais afinada A r t e.
7.
Va para o tibet, viaje de camelo Leia a bíblia, tinja de azul seus sapatos Deixe crescer a barba De a volta ao mundo numa canoa de papel Assine o jornal, mastigue apenas com o lado esquerdo da boca Case com uma mulher sem uma perna E se barbeie com uma navalha E entalhe seu nome no braço dela Mas não escreva poesia Escove os dentes com gasolina, durma o dia todo E suba em arvores a noite, seja um monge Beba chumbo grosso e cerveja Fique com a cabeça debaixo d’água Toque violino, faça dança do ventre diante de velas cor de rosa Mate seu cão, candidate-se para prefeito, more num barril Arrebente sua cabeça com machado, plante tulipas na chuva
8.
evidência 01:24
Puta e grandes poetas deveriam evitar uns aos outros Suas profissões são perigosamente parecidas Do império romano a nossa era atômica Há um numero quase igual de putas e poetas. Com as autoridades continuamente tentando banir as primeiras E ignorar os últimos. O que te diz o quão perigosa a poesia realmente é.
9.
Nascemos assim, nisso Enquanto os rostos de giz sorriem Enquanto a senhora morte ri Enquanto os elevadores quebram Nascemos nisso Em hospitais tão caros que é mais barato morrer Em advogados que cobram tanto Que é mais barato se declarar culpado Nascemos nisso Caminhando e sobrevivendo a isso Morrendo por causa disso Mudos por causa disso Castrados, depravados, deserdados por causa disso. O coração fica preto, os dedos alcançam a garganta A arma, a faca, a bomba, os dedos um deus impassível Alcançam a garrafa. E haverá o mais belo silencio jamais ouvido Nascido disso O sol ainda descortinará aguardando o próximo capitulo.
10.
sim, sim 03:14
Quando deus fez o amor ele não ajudou muito Quando deus fez os cachorros ele não ajudou os cachorros Quando deus fez as plantas isso foi medíocre Quando deus fez o ódio nós tivemos uma utilidade em comum Quando deus me fez ele me fez Quando deus fez o macaco ele estava dormindo Quando ele fez a girafa ele estava bêbado Quando deus me fez ele me fez Quando ele fez os narcóticos ele estava entorpecido Quando ele fez o suicídio ele estava deprimido Quando ele fez você deitada na cama Ele sabia o que ele estava fazendo Ele estava bêbado e ele estava entorpecido E ele fez as montanhas e o mar e o fogo na mesma hora Ele cometeu alguns erros Mas Quando ele fez você deitada na cama Ele gozou por todo seu santo universo
11.
a crise 02:24
Muitas, poucas, gordas demais, magras demais ou nenhuma Sorriso ou lagrimas, as que odeiam, as que amam Estranhas com rostos como as cabeças das tachinhas Exércitos correndo por ruas de sangue Acenando com garrafas de vinho Ferindo e fudendo virgens Ou um cara velho num quarto parado Com uma fotografia de M. Monroe A uma solidão tão grande neste mundo Que você pode vê-la Num lento movimento dos ponteiros do relógio Pessoas tão cansadas, mutiladas Tanto por amar como por não amar As pessoas não são boas mesmo Umas com as outras frente a frente Os ricos não são bons com os ricos Os pobres não são bons com os pobres Nós temos medo Nosso sistema educacional diz Que todos podemos ser grandes vencedores Ele não fala sobre os miseráveis ou os suicidas Ou do pavor de uma pessoa sentindo dor Sozinha, intocada, incomunicável, regando uma planta As pessoas não são boas umas com as outras.
12.
Palavras bonitas Assim como mulheres bonitas Ficam enrugadas e morrem.

credits

released March 3, 2015

Ficha Técnica.
Produção, gravação e mixagem: Reverendo T
Instrumentos e canções: Os Elefantes Elegantes
Toas às letras por Charles Bukowski
Traduzidas por Fernando Koprosky
Extraídas dos livros “o amor é tudo que dissemos que não era” e “esta loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo, amem”
Adaptadas por Tony Lopes
Realizado em março de 2013/ Mixado em março de 2015
No estúdio são rock (Itapuã/salvador/Bahia/brasil/terra)
Produção gráfica: Wilson Santana
Ilustração: Bruno Aziz

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